domingo, 7 de dezembro de 2008

...e ponto

Todo mundo critica a incompreensão(vírgula) a loucura e a contradição(ponto) Eu mesmo faço isso(ponto) mas tem dias que eu paro e penso o quanto somos injustos(ponto) Por que tudo deve ter explicação(ponto de interrogação) Existem coisas que apenas são(vírgula) e nada mais(ponto) Nem sempre queremos compreender ou ser compreendidos(ponto) Mudar de opinião(ponto) Se contradizer às vezes é necessário(vírgula) faz parte(ponto)

O fácil entendimento nos acomoda(vírgula) limita o pensamento(ponto) Criar é estar livre(ponto) Livre de regras ou padrões(ponto) Que a lógica se perca numa equação desequilibradamente incógnita(ponto) Que a loucura se apresente com argumentos concretos e bem dopados(ponto) Que o não e o sim sejam sinônimos(vírgula) e que variem a ordem de aparição(ponto)

Não tentem entender(vírgula) nem é preciso(vírgula) não é obrigatório(ponto) Diga o que for dizer(vírgula) fale quando tem vontade e coragem(vírgula) pois depois(vírgula) a contradição voltará a se fazer presente(vírgula) bem como ela é(ponto) Aí teremos a oposição(vírgula) o contraditório(vírgula) que é a mais pura característica do ser humano(ponto) Somos feitos por pólos opostos de um mesmo organismo(ponto) Achar o que está perdido nem sempre é a solução(ponto) Há mais coisas a se encontrar(vírgula) e que simplesmente não damos atenção(ponto)

Joguemos tudo para o alto(vírgula) percamos o equilíbrio(vírgula) e sejamos redundantemente repetitivos(ponto) Diga uma ou mil vezes que você é capaz de superar o seu próprio raciocínio(ponto) O predicado não tem de vir depois do verbo(vírgula) e nem precisa existir um sujeito(ponto) Você não é um objeto(ponto e vírgula) seja imperativo(ponto de exclamação) Ou hiperativo(ponto)

Faça o que eu digo(vírgula) mas nem venha me perguntar se eu o faço(ponto) As vezes tento(ponto) Mas em sonho eu sempre consigo(ponto) Pois sim(vírgula) o segredo é sonhar(vírgula) hibernar em uma história de acasos desconexos e de fluxo descompassadamente alternativos(ponto) Mergulhar em uma gota(vírgula) fingindo descobrir o oceano(ponto)

A vida é rápida demais(ponto) Tentar entende-la nos atrasa(vírgula) nos faz perder o velho fluxo que nos leva obrigatoriamente ao fim(ponto) Ao ponto que encerra o período(ponto) À crase que limita a hora(ponto) E agora(ponto de interrogação)

Agora é o fim e .

domingo, 30 de novembro de 2008

Medo e Crescimento

O que é o medo? Porque ele existe e porque ele mexe tanto com a gente? Assumidamente digo: Eu tenho medo. Ou melhor, tenho medos, e medos e mais medos. Mas o meu maior medo é o de não crescer, não evoluir. De ficar como as pessoas com as quais me decepcionei. É incrível como nós percebemos quando a gente muda. Quando um tipo de comportamento dá lugar a outro, mais coerente e fluido.
Talvez por estar percebendo essa mudança em mim, e pelo medo de algo barrar isto, estou mais exigente. Ao falar isso, refiro-me ao comportamento das pessoas, principalmente as que estão ao meu redor. Elas são minhas referencias, então, que sejam positivas. Chega de gente que fingindo me colocar para cima, mas que prende uma ancora na minha perna e me joga ao mar.
Quero ir além, hoje estou sonhando alto e disposto a correr atrás, mas eu escolho quem levo junto, eu escolho a que nicho faço parte. Amadurecer nos torna mais seletivos, e assim estou. Separo o joio do trigo para que não encontrar problemas mais tarde. Para alguns estou certo; para outros não. E a única coisa que tenho a dizer é que no momento acho que estou certo, e não tenho paciência para repensar a atitude.
Preciso de férias. Temo que o tempo passe e eu tenha me prendido às repetições, ao costumeiro. Façamos a diferença, para que o medo não dê lugar ao arrependimento. Na vida existem: etapas vividas, etapas vivas e etapas futuras. E se a lógica da vida é viver, a segunda etapa é a qual estamos sempre ligados.
Medo terei sempre. Principalmente de ter sido injusto comigo e com o outro. Porém, a coragem que nasce em mim me dá esperança, me ajuda focar meus objetivos, me ajuda a superar o que era antes temido.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Peças que se encaixam

Com toda certeza você já se perguntou como seria a sua vida hoje, se você tivesse tomado uma outra atitude no passado. Se no fim da rua, em vez de pular o muro, tivesse voltado. Se tivesse escolhido peixe frito, no lugar de frango cozido. O que poderíamos estar vivendo hoje, se nossos pais simplesmente não tivesse se conhecido?

A vida é bem assim, um quebra-cabeça com peças muito semelhantes, e que as vezes se encaixam perfeitamente no lugar de outra; mas quem vai fazer com que outra peça venha a ser encaixada, sempre vai ser você. Será?

Uma coisa que venho aprendendo, é que é preciso ser menos apressado. A vida possui um fluxo lógico. Não para nós, mas para ela. O que estou querendo dizer é que muitíssimas vezes a vida nos apresenta algo, que simplesmente não compreendemos o porquê. Contudo, mais adiante, daqui a dias ou anos, vamos conseguir entender exatamente o motivo de cada coisa ter acontecido exatamente da maneira que aconteceram.

Por exemplo: hoje eu saio de casa sem guarda-chuva, justamente porque está fazendo um grande sol e certamente não irá chover. Mas, quando eu chego à faculdade o tempo transforma-se completamente, tudo fica cinza e uma chuva cai com mais força do que um “Não” dito pela pessoa amada, em meio a sua declaração. Porém, no fim do dia, quando a chuva continua a cair, você, em meio a busca de abrigo, encontra-se com um velho amigo, que além de um caloroso abraço, te oferece também um espaço em baixo de seu guarda-chuva.

Mas porque pensar nisso tudo, não é? As coisas simplesmente se encaixam, em determinado momento elas se encontram, e isso já basta.

Sabe de onde me vem tudo isso? De um sorriso que recebi ontem. Tal sorriso me preencheu por inteiro, me deu paz. Uma pessoa muito especial já tinha me falado sobre este sorriso; e ontem, ao sair da aula, cansado e entediado, a primeira coisa que vi, foi e uma grande boca sorrindo em meio ao céu escurecido, com dentes brancos e reluzentes, o sorriso da Lua. Aquele sorriso foi como se ela me dissesse para ter paciência, que uma hora a peça do quebra-cabeça que eu aparentemente não encontrei, ou troquei por outra muito semelhante, vai se encaixar em outro lugar, no lugar onde eu realmente deveria ter posto. O seu verdadeiro lugar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Marília e o Universo Paralelo

Marília era uma menina como outra qualquer.
Muito carismática, se dava bem com todos de seu convívio. Mas uma coisa intrigante sobre Marília era a sua relação com o fabuloso Universo Paralelo. Ela nunca visitara tal lugar, mas esse era seu grande sonho, pois ela sabia que lá encontraria muitas bonecas, desenhos, doces, vestidos e amigos. Todos outrora perdidos.

Calma, talvez você não esteja compreendendo direito. Pois me deixe explicar melhor. O Universo Paralelo é o lugar onde todas as nossas coisas vão parar, quando simplesmente desaparecem, e não conseguimos encontrar de maneira alguma.

E na vida de Marília todas as coisas que ela ganhava, comprava ou fazia, um dia, sem que ela percebesse partiam para este misterioso lugar. Assim foi como a mamadeira; com a boneca predileta; com sua primeira sapatilha; com seus esmaltes, batons, vestidos, cartas, bolsas e despertadores.

Quando Marília indagava-se sobre suas perdas, era comum escutar dos mais velhos: “Você não perdeu, apenas não sabe onde está” ou “Quando algo é realmente nosso, sempre retorna”.

Marília cresceu, e com o tempo se acostumou com a idéia de que tudo o que um dia lhe pertencia, no dia seguinte, sem necessidade de explicação, partiria para o Universo Paralelo. Logo, Marília teve uma idéia: não se apegaria a mais nada; não se permitiria a amar algo intensamente, pois sabia que um dia teria de perder-la.

As pessoas começaram a achar a garota diferente, às vezes antipática. Mas não era por que ela queria. O maior medo de Marília era que um dia o Universo Paralelo, cansado de ter para si apenas objetos, começasse a dar fim em todas as pessoas que Marília amava. Seus pais, irmão, parentes e amigos. Destes Marília não conseguiria se separar se fosse preciso, mas o Perverso Universo Paralelo não teve pena da garota, e foi roubando-lhes um a um. Dia após dia. Hora após hora.

Marília, então, se viu perdida em meio a um mar vazio, sem vida e sem alegria. Ela chorou, mas não foi o suficiente para gerar ondas, pois até estas desapareciam sem que ela notasse. A garota se perguntou o que mais ela teria para perder. Nada. Esta era a única resposta; ela mesma já estava perdida.

Foi então que um belo garoto, inexplicável e inesperadamente surgiu na sua frente, estendeu a mão e ajudou a levantá-la, ela o olhou nos olhos. Imediatamente nutriu um amor incondicional por ele. Naquele curto espaço de tempo ela o amou com mais força do que amou qualquer outra coisa na vida. O amou por todos os passeios que fariam juntos, por todos os piqueniques; o amou por todas as alegrias e perdões; o amou. E justamente por isso, o maldito Universo Paralelo pela derradeira vez se fez presente. Enquanto ele roubava o amado garoto de Marília, este lhe dirigiu a seguinte frase: “Nada terminará se Marília não estiver sorrindo; e tudo o que é perdido, encontrado será com um largo sorriso”.

Marília então sentou esperançosa naquele lugar. E até hoje aguarda, pacientemente, pelo dia em que dará o sorriso prometido.

de Walmick Campos

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Escolha

Antes eu me perguntava se existiria algo que fosse mais difícil do que resolver Matemática Física e Química, porém depois de alguns a minha pergunta é: Existe coisa mais difícil do que fazer uma escolha?

Por que a vida é assim? Por que sempre tem dois caminhos ou opções? E por que sempre eu não sei por qual optar?

Branco ou Preto,
Calça ou Bermuda,
Livro ou Filme,
Noite ou Dia,
Patins ou Bicicleta,
Serra ou Praia,
Sol ou Chuva,
Inglês ou Espanhol (ou outra),
Novela ou Minissérie,
Teatro ou Cinema,
Teoria ou Prática,
Sapato ou Tênis,
Sandália ou Chinelo,
Motorista ou Passageiro,
Hoje ou Amanhã,
Bife ou Peixe,
Lápis ou Caneta,
Etc ou ...
??????????????????????????


Vida confusa. Ou eu sou o confuso?
Ah... não sei.






“O mundo não seria ótimo se insegurança e desespero fizessem a gente mais atraente?”
(Albert Brooks em “Nos Bastidores da Notícia” - 1987)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Porque as pessoas choram nas ruas?

Vocês já se depararam com alguém chorando, verdadeiramente, no meio da rua?
É incrível como eu presto atenção nisso. Estejam elas saindo de bancos, protegidas pelos carros que dirigem, falando no celular, ou simplesmente esperando o ônibus na parada. Isto sempre me afeta, dá vontade de parar e abraçar cada pessoa. Mas tenho medo de que elas pensem que eu sou doido, ou algo do gênero.

Mas quando me afasto delas, é inevitável... construo na minha mente, as histórias, ou acontecimentos, que fizeram cada uma dessas pessoas estarem chorando. Brigas na família, término de relacionamentos ou falta de dinheiro; estas são as hipóteses mais freqüentes que levanto. A partir daí, já imagino os diálogos que resultaram nas lágrimas. Às vezes absorvo estes sentimentos que “criei”, e fico triste pela pessoa que, segundos atrás, pensei em acolher com um abraço.

Agora, paro e penso: “Quando eu chorei na rua, alguém percebeu?”
Isto nunca tinha me passado pela cabeça, mas assim como as pessoas que vi, estou exposto ao olhar do público que transita o meu cotidiano. Será que alguém já construiu uma história a partir de uma lágrima minha?

Mas quanto a este choro, tenho uma “sorte”... ou acho que mais adequado seria dizer que possuo uma camuflagem. Nadar. Sim, quando estou nadando (faço isso duas ou três vezes por semana) encontro a hora e o lugar exato para me permitir ao choro. Nadando fico reflexivo como não pude ser durante o restante do dia, então, choro. Não acredito que o choro seja apenas sinal de dor, ele limpa a alma, e isso faz um bem enorme. Estar nadando e chorar é como ficar submerso nas próprias lágrimas. Cada braçada é um passo para a purificação. Debaixo d’água me permito gritar o que o mundo não pode ouvir.

Desejo que todas aquelas pessoas tenham essa mesma oportunidade.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A 1a postagem

Pois é... cá estou eu criando o meu Blog. Nele pretendo apenas escrever o que me vier na cabeça quando eu não tiver com quem conversar; ou mesmo quando estiver com muita vontade de falar sobre algo, e simplesmente não conseguir passar a minha mensagem oralmente. (É que acho que me faço entender com mais facilidade por meio da escrita, é que ela nos dá tempo maior para organizarmos nossas idéias).

Seja bem vindo a este espaço... e sinta-se a vontade para compartilhar ou debater as idéias que me vier a mente. Acredito que a opinião de outras pessoas será de grande valia, seja para me mostrar um novo ponto de vista ou mesmo para me fazer acreditar ainda mais no que penso.

Em fim...
Assim como em alguns Blogs que visitei, e achei curioso, vou me permitir a ser brega e discorrerei um pouco sobre coisas que aprendemos (aprendi) com a vida (não é muita coisa porque em fim tenho apenas 21 anos). Só para constar... é que estou refletindo muito sobre isso ultimamente. Lá vai:

As coisas que aprendi na vida são:
Como era realmente bom ser criança;
Todo mundo merece ter um animal de estimação uma vez que seja;
Não tente ser 100% original, você não irá conseguir essa proeza. Uma prova disso é o texto que você está lendo;
Usar “filtro solar”? É uma boa, mas lembre-se que depois do fator de número 30, todos eles protegem igualmente, o que mudam são os preços;
Vá ao oculista, sempre;
Diante do computador, prefira o fundo preto com texto branco, força menos a sua vista, e isso é bom;
Use óculos escuros;
Seja serra ou praia, viaje sempre que possível;
Pedir desculpas não é sinal de fraqueza, mas sim de maturidade;
Professor bom não é aquele que te aprova, mas sim aquele que vai pra aula e ensina;
Amigos e inimigos se confundem, abra o olho;
Tudo que é bom de mais, uma hora estraga;
Descer no Insano é legal, mas não faço isso novamente;
Seja profissional, e receba o referente ao seu trabalho;
Não é porque você cresceu, que deve parar de (re)ver desenhos animados, e comer sorvete com batata frita;
Não pense que você está no topo, sempre tem alguém acima de você;
Não pense que você está abaixo de tudo, sempre tem alguém que precisa da sua ajuda;
Orkut aproxima da mesma maneira que distancia;
Sempre passe o Anti-vírus no seu computador (no Pen-Drive também);
Mastigue a comida devagar, e com boca fechada;
Agradeça os presentes, mesmo quando você não gosta;
Não forme equipe com pessoas que não fazem as partes delas;
Adiante o seu relógio ao menos 5 minutos;
Tenha sonhos, e corra atrás;
O SBT parou no tempo;
Se a Xuxa não é mais a mesma, a Sandy então...;
Quem prejudica o outro, também sofre conseqüências;
Filhos são apenas para os que nasceram para ser pais;
Leia com freqüência;
Vá ao teatro;
Vá ao cinema, mesmo sozinho é bom;
Seja econômico;
Não coma sanduíche com gosto de borracha, se que comer fast-food, escolha um que lhe preencha de verdade;
Maionese temperada é bom, mas as vezes tira o sabor real da comida;
Nunca fale do cú alheio, principalmente se ele for um cú reprimido, certamente isso vai lhe causar problemas;
Quando estiver dirigindo lembre-se de ligar o pisca-alerta antes de dobrar;
Para não esquecer das coisas (e eu esqueço muito), faça listas com lembretes;
Economize água, ela está acabando;
Dormir 8 horas por dia realmente faz bem à sua disposição;
Ao amanhecer tome banho com água gela, você vai despertar;
Guarde lembranças de momentos especiais;
Abrace seus amigos;
Reveja seus amigos de colégio sempre que possível;
Esteja próximo de coisas que te façam sorrir;
Chore quando for preciso;
Aprenda mais de uma língua estrangeira;
Seja curioso;
Não seja xereta;
Aprenda a cozinhar;
Tenha uma coleção;
Escreva quando tiver vontade;
Pare de escrever, quando já não souber o quê mais escrever.