sábado, 23 de maio de 2009

Parei de pensar?


Será que a criatividade acaba? Será que a mente pára de pensar? Bem... não sei, mas porque eu não consigo pensar em quase nada? Leio, assisto série, ando pela rua e nada me vem à cabeça. Nenhuma idéia. Pifei? Mas acho que justamente por estar sem criatividade vou parar esse post por aqui. Melhor não escrever do que escrever besteira. E aos criativos, cheios de idéias: Escrevam! Porque eu quero ler! :P

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Argumento para um dia comum se tornar um filme “pseudamente” de arte


Temos dias e dias, isso é óbvio. Uns são mais especiais que os outros? Será? Isso depende da forma de como você os analisa, ou melhor, de como decide vivê-los. As vezes não é fácil tornar uma manhã cinzenta em algo agradável. Alguns considerariam impossível. Mas o que seriam dos dias, se não fossem como os filmes? Se encaixando em categorias distintas e agradando, ou não, diferentes tipos de espectadores. Então, vamos lá... vamos pensar em maneiras de transformar dias comuns em dias especiais. Dignos de um “cine de arte”?
Quem sabe até admirado e analisado em blogs dos tão renomados (e totalmente da moda) pseudo-intelectuais?

Créditos iniciais:
Bem... fotos antigas se entrecortando rapidamente com o amanhecer do sol visto de diferentes pontos da cidade. Lembre-se de usar tomadas rápidas, pra não entediar ninguém. Se bem que cine de arte pode entediar, né... você decide. Se possível use um filtro diferente para colorir e distinguir o início do dia (filme) do restante. Contudo não deixe passar a oportunidade de usar a mesma tonalidade em outros momentos, para gerar uma unidade. Sabe aquelas fotos? Se forem de família, comuns e cotidianas serão melhor ainda. Ouse com fotos da sua infância, cortes de cabelos e roupas fora de moda podem lhe render boas críticas.

Primeiras cenas:
Acordar com o despertador já virou um grande clichê, mas que tal arriscar? Só que dessa vez o olhar da câmera vem de dentro do relógio. Conseguimos ver os ponteiros se movendo, e mais adiante o dono da mão, que em instantes fará o silêncio se romper, dando inicio à uma trilha sonora 100% extra-diegética, enquanto todo o processo de despertar se desenrola. Neste estão inclusos planos como de escovar os dentes; preparar o café, e coá-lo com meias encardidas; passar geléia em uma torrada, que cái segundo os princípios da Lei de Murph; formigas correm ao redor do açúcar derramado sobre a mesa e outros mais.

Desenrolar:
Em um dia qualquer, como você chega à faculdade, ao trabalho ou qualquer outro lugar? De carro, transporte coletivo, bicicleta ou a pé? Seja qual for seu transporte, esqueça-o e busque no seu baú aqueles patins de quatro rodas antigos, com freios na parte da frente. Troque os cadaços velhos pelos de seu quase tão velho All Star e saia patinando pelas ruas. A princípio um pouco desengonçado, para conquistar o público, que produz um sorriso de canto de boca. E quando uma nova trilha se fizer presente, agora totalmente diegética, pois vem do seu mp4, surpreenda-os com uma capacidade incrível de patinar pelo transito, inclusive respeitando a sinalização. Se for do seu gosto, esse pode ser um bom momento para ousar com o filtro.

E se for assaltado? Hoje em dia é tudo tão perigoso, mas isso não é motivo para desespero. Encare o ladrão como um personagem que traz um ponto de giro para a sua história. Ele quebrou a lógica da sua rotina. O que fazer? Quebre a lógica do assalto; em vez de chorar, entrar em choque, gritar “pega ladrão!”, ou mesmo ir à delegacia fazer um B.O. corra atrás dele com seus “super-patins”, que nunca te deixaram na mão enquanto você corria, a alguns anos atrás, do rottweiler que uma visinha da sua mãe cria. Você ainda está se perguntando o porquê correr atrás do ladrão? Bem, certamente documentos, dez reais e algumas fotos 3x4 não são muito relevantes, uma vez que pra todos esses existem segundas chances, ou segundas vias. Temos que encontrar algo especial, único. Calma, deixa eu pensar...

Já sei! Uma carta de amor. É clichê, mas todo filme tem que falar disso, todo mundo já está cansado de saber, e se cansando de ver. Mas essa carta de amor é de amor verdadeiro. É a primeira carta de amor que você escreveu em toda vida. Escreveu em um momento de verdadeira embriaguez, e não tem uma cópia e nem conseguiria escrevê-la de novo. E não diga que poderia, pois posso fazer com que seu personagem esteja com a mão esquerda engessada, e você é canhoto lembra?

Vamos, deixe de conversa e corra atrás do ladrão! Estamos com pouco dinheiro no orçamento, de repente o filme se tornou um curta-metragem, e já estamos passando dos 10 minutos.

Isso! Em toda a velocidade que a câmera lenta lhe permitir! Sim, aqui vamos ralentar as imagens; este filme não é de ação. Uma música tocada por violinos e acordeons, instrumentos básicos para uma trilha de arte, conduzem o pique da perseguição. Mais uma vez o uso do filtro pode ser interessante. O ladrão está a poucos metros de você, que breca para respirar. Sorte sua, pois o caminhão de um musical que chega em sua cidade passa em alta velocidade e, ao mesmo tempo que interrompe a trilha sonora, atropela o ladrão com toda a violência possível. Não se preocupe, em filmes como o nosso, a violência é um elemento de surpresa, que chega ao ponto de ser tragicômico.

Pausa. Precisamos ver a sua cara perplexa diante do que acaba de acontecer.

O ladrão se foi, definitivamente, e com ele... a carta. E agora? O que fazer? Voltar todas as cenas de trás para frente, até um ponto e continuar por um caminho diferente? Não será preciso, olhe para o seu lado e veja que te pergunta, com um close nos lábios, que mastigam um chiclete: “Você está bem?”

A sua pessoa amada. Ele ou ela, e isso independe do seu sexo. Nosso tipo de filme também é aberto a isso, e como é!

Clímax:
Você, mergulhado na adrenalina de um só fôlego diz verdadeiramente e em alto e bom som tudo o que estava escrito na sua carta de amor. Palavra por palavra.

Conclusão:
Em contra partida uma grande bola de chiclete estoura entre vocês dois e logo em seguida a platéia delira com um demorado beijo de amor.

Créditos Finais:
Retomamos as idéias de fotos, mas agora com o sol ao entardescer. As imagens das fotografias podem ser do futuro dos personagens, quem sabe até do velório do ladrão. Do rottweiler ganhando um prêmio em uma competição canina. E claro os nomes dos membros da equipe técnica. Sem esquecer de no argumento e roteiro: Walmick Campos.

Obs.: Este filme pode tomar caminhos “errados” e se tornar uma comédia romântica. Tudo depende de você, a final... o dia é seu.
;p

domingo, 22 de fevereiro de 2009

TAM TAM TAM TAM...

Quem nunca falou de Amor, ou mesmo escreveu sobre? Ou melhor: tentou escrever. Sentimento complicado de explicar, mas que todos conhecemos e sentimos involuntariamente, apenas pelo simples fato de estarmos vivos. Deixo claro que não tentarei descrever o Amor. Vou rabiscar algo, na tentativa de transmitir o que sinto e penso saber sobre ele.

O Amor surge sem que nos demos conta. Amamos parentes, amigos, bichos, lugares... tudo pode ser amado; e tudo deveria ser amado. o Amor quando recíproco é mais rico, mais intenso. Quando falamos de um casal de apaixonados aí é que a intensidade ganha forma, em cada olhar, beijo, ou toque.

O Amor faz a gente se perder no que pretendemos dizer, não nos deixa continuar a lógica do raciocínio. “Amar é ser vencida a razão pela tolice.” E não é preciso saber amar, não há formula; o Amor simplesmente é. Ele não nos permite escolhas ou julgamentos. Tudo é nulo diante dele. “O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, é cego e tão potente.” Amando a gente se sente livre e inteiramente preenchido de vida. Sem pudores, sem limitações... e reafirmo: “Se não te lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste.” Não se preocupe, tudo tem seu tempo; mas lembre-se que quando se trata do Amor, é ele quem dita as regras, do início ao fim. Deixe-se levar, mergulhe fundo, pule sem medo.“O amor é cego, e os namorados nunca vêem as tolices que praticam.” Vale a pena... ou melhor, vale a galinha inteira.

Não se canse na espera do Amor, e se possível procure-o. “Buscar o amor é bom, melhor é achá-lo.” No meio do caminho verá que cairá, sentirá dor em alguns momentos. Isso faz parte, e vai acontecer. É tão certo como o entardecer dá espaço à noite. “Em tempo algum teve um tranqüilo curso o verdadeiro amor.”

Creio que a saudade aumenta o Amor, deixa-o mais próximo da gente; paradoxalmente à distancia. Amar é saudável, é vital. Para sentirmos a força dessa vitalidade, basta-nos escutar (ou ler a frase): Eu te amo.

Tem algo sublime nela, algo imensurável, e “Pobre é o amor que pode ser contado.” Amar e ser amado é a mais bela perfeição. Sem medo de parecer brega, clichê, ou repetitivo, digo: Eu te amo.

E para quem crer que: “Se o amor é cego, nunca acerta o alvo.” Afirmo que está completamente errado, pois mesmo cego, ele chega imediatamente no seu destino no exato momento que passa a existir.

Mais uma vez...
TE AMO-TE.

p.s.: As citações entre “aspas” são falas de peças de William Shakespeare

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Trampolim

Imagine um trampolim, mas não um qualquer. Imagine um trampolim bem alto, que ao mesmo tempo desperte o medo e o desejo de desafiá-lo. Tem coragem de subir lá e pular de cabeça? Essa pergunta gera uma dúvida louca, não é? A vida é repleta de trampolins. Estou aqui, no primeiro degrau da escada que me leva ao topo de um. Sinto-me congelar de medo, mas a expectativa do pulo me consome a muito tempo. Vou pular.

Ao subir a escada longa e vertical, uma única lembrança vem à minha mente: a cena em que Sebastian, do filme “A História sem fim - 2” tem que superar o medo e pular de um trampolim na piscina de sua escola. Só assim ele teria força e coragem para enfrentar os perigos e conhecer o mundo de Fantasia.

Chego ao topo neste exato momento, posso ver, rente aos meus olhos, aquela passarela de onde em instantes pularei. Ela é branca e lisa, ao redor tudo me parece azul, o reflexo da água torna o momento ainda mais especial, é de fato mágico. Segurando com firmeza as barras da escada, ponho o meu pé direito sobre a prancha, ou passarela (como preferir). Está gelada. Caminho olhando fixamente para um ponto em frente. Sei que se olhar para os lados ou para baixo, posso desequilibrar e cair.

Voltar? Não sei se é possível, pode não ser seguro. O risco de subir já foi grande o suficiente, talvez voltar não seja uma opção válida. Força, coragem, vamos em frente. Estou na ponta, não sei porquê, mas já balanço a prancha como se fosse algo que eu já dominasse. Penso em tudo, tudo mesmo. Tudo. Continuo a balançar, em segundos darei o pulo. Um, dois, ...

O azul da água parece um céu, eu pareço voar , mas a direção é contaria. Subo ou desço? Prefiro nem pensar. Meus dois dedos no meio acabam de tocar na água.



Pára!



Tudo prece estar em uma velocidade infinitamente mais retardada que o normal, contudo minha cabeça pensa nas mais diversas coisas em velocidade inversamente proporcional. Minha família, meus amigos, meu amor, minha vida. Choro. Tudo isso vai ficar da superfície pra cima; e eu ficarei em milésimos de segundos em outra dimensão.

Passei. Não sinto dor, acho que o pulo foi dado corretamente, espero que o desconhecido me guarde surpresas boas. De baixo d'água olho para cima, vejo luz e mesmo com a água se misturando com minhas lágrimas vejo o trampolim lá do outro lado. Olho o quanto posso, mas não tenho muito tempo. Retorno em direção ao fundo da piscina, a velocidade já é normal, tudo é escuro, mas continuo nadando. Conhecerei a Fantasia que Sebastian conheceu? O que me espera? Não sei.

Só sei que pular de um trampolim é assim, arriscado. E quando se chega do outro lado, mesmo tendo muito o quê viver lá embaixo, sempre volto a olhar, cada vez mais de longe, para superfície. E uma coisa tenho em mente: Vou, mas volto.