domingo, 30 de novembro de 2008

Medo e Crescimento

O que é o medo? Porque ele existe e porque ele mexe tanto com a gente? Assumidamente digo: Eu tenho medo. Ou melhor, tenho medos, e medos e mais medos. Mas o meu maior medo é o de não crescer, não evoluir. De ficar como as pessoas com as quais me decepcionei. É incrível como nós percebemos quando a gente muda. Quando um tipo de comportamento dá lugar a outro, mais coerente e fluido.
Talvez por estar percebendo essa mudança em mim, e pelo medo de algo barrar isto, estou mais exigente. Ao falar isso, refiro-me ao comportamento das pessoas, principalmente as que estão ao meu redor. Elas são minhas referencias, então, que sejam positivas. Chega de gente que fingindo me colocar para cima, mas que prende uma ancora na minha perna e me joga ao mar.
Quero ir além, hoje estou sonhando alto e disposto a correr atrás, mas eu escolho quem levo junto, eu escolho a que nicho faço parte. Amadurecer nos torna mais seletivos, e assim estou. Separo o joio do trigo para que não encontrar problemas mais tarde. Para alguns estou certo; para outros não. E a única coisa que tenho a dizer é que no momento acho que estou certo, e não tenho paciência para repensar a atitude.
Preciso de férias. Temo que o tempo passe e eu tenha me prendido às repetições, ao costumeiro. Façamos a diferença, para que o medo não dê lugar ao arrependimento. Na vida existem: etapas vividas, etapas vivas e etapas futuras. E se a lógica da vida é viver, a segunda etapa é a qual estamos sempre ligados.
Medo terei sempre. Principalmente de ter sido injusto comigo e com o outro. Porém, a coragem que nasce em mim me dá esperança, me ajuda focar meus objetivos, me ajuda a superar o que era antes temido.

4 comentários:

Renam Timbó. disse...

O importante é ter coragem de seguir em frente. Imagine quando você amadurecer ao ponto de olhar para trás e dizer: -como eu fui capaz de tomar uma atitude dessa? de dizer tal absurdo?

e é assim que as coisas seguem, é assim que a vida tem graça. é a idade, a experiência que te faz não ter vergonha de ser todo dia mais seletivo, pois você passa a saber que no fim das contas, você é o seu único porto seguro.

Andrei Bessa disse...

é preciso distanciar-se....
brecht para mim não é um teórico renomeado de teatro, muito menos um artistas comunistas alcolatra....

para os outros pode ser, para mim ele é um meio de vida... iheiha

é preciso distanciar-se para realmente perceber se estamos amadurecendo. será que amaudrecer por dentro, e continuar com a casa verde adianta muita coisa? quase que artistas solitários, que expõe seus quadros para si mesmo

ou melhor... várias frutas apodrecem por dentro, mas por fora continuam verdes.... nunca são escolhidas....

mas pior do que isso, é frutas amarelinhas ou vermelhas, com uma casa suculenta, mas no contato com a língua causam aquela careta de palhaço-com-maquiagem-derretida.... fingir ser maduro é pior do que amadurer no interno infinito e solitário.


o bom mesmo, é deixar amadurecer pelas estações.... dar tempo ao tempo, um passo de cada vez.
Pisar firme sem uma base sólida só faz você afundar ainda mais num pantano....


bem, talvez meu comentário não tenha nada haver com seu post, não é uma resposta.... mas meus pensamentos, não quero enquadrar ninguém em nenhuma das alternativas.....

apenas encare meu post como um elemento de estranhamento, e assim: distancie-se!!


=D

Walmick Campos disse...

bem... sobre os dois comentários... achei bem interessanta, mas não qro ser meu único porto seguro, ateh pq acho q um dia desabo,hehehe ... e a gente sempre precisa do outro, o lance é saber em qm cofiar, entende? e sobre uma ideia confusa de amadurecimento... bem, é como eu disse: é o q estou vivendo no agora. no momento é assim que eu assimilo as coisas, e qro passar um bom tempo com isso na cabeça, pra q mais tarde quem sabe eu novamente reflita, tendo ou não uma idéia difrente da que tenho hoje. mas se isso é do futuro, deixa pro futuro.

Danilo Castro disse...

"Chega de gente que fingindo me coloca para cima, mas que prende uma âncora na minha perna e me joga ao mar"

Brilhante isso!

Fiquei feliz em saber que tu também tem um blog! Passarei mais vezes por aqui e já está na minha listinha vip!
=]

Esse teu texto me lembrou uma época em que eu voltava às aulas e a professora pedia pra escrever uma redação sobre as férias, lembra? Acho que escrever sobre o Medo é quase a mesma coisa. Se todos nós escrevesse-mos sobre o Medo, menos medo da vida teríamos.
O papel às vezes é o meu melhor amigo, faz dele teu confidente que mais tarde, quando tu acidentalmente reler o que brotou tão virginalmente das tuas palavras, verás o quanto se evoluiu!

Grande Abraço!